Apesar de estar com Luísa, Afonso não esquece Mia, que, por sua vez, também não consegue seguir com a sua vida por ainda o amar. E é numa tentativa de juntar o casal que Tó Calhau vai meter os pés pelas mãos. O mecânico escreve no espelho da casa de banho “Amo-te!! Casas comigo?”, fingindo passar-se pela advogada. Mas quem primeiro lê a mensagem é… Luísa, que acredita que foi o namorado a pedi-la em casamento. E é assim que uma grande confusão se instala.
A jovem corre para junto do namorado e logo desabafa: “Nunca pensei que fosses deste género de coisas… Quer dizer, eu também nunca fui, mas quando as pessoas gostam umas das outras, às vezes mudam… Nada contra. Sim, porque às vezes estamos cheios de certezas absolutas, dizemos que nunca vamos fazer isto ou aquilo…”, começa por dizer, perante o olhar incrédulo do engenheiro que ainda lhe pergunta se voltou a comer carne. “Não! Quer dizer, sim… Sim, mil vezes sim. Eu aceito, meu amor. Sim, aceito casar-me contigo, parvo!”, grita, abraçando-o. Ele não percebe o que se passa e tenta desfazer o equívoco. Em vão. “Eu também não percebo. Aliás, nunca tinha pensado muito nisso, mas agora parece que mudou tudo na minha cabeça! Imaginas a minha cara quando entrei no quarto e vi aquilo escrito no espelho? É que foi tão simples, mas tão romântico ao mesmo tempo! Desculpa, estou para aqui a falar, a falar…”, diz ela, quando entra Bernardo, que lhes pergunta se se vão mesmo casar. A filha confirma e ele logo conta a Constança, que também acaba de chegar. Perante toda aquela confusão, o filho de Rui tenta falar, mas a namorada não lhe dá ouvidos e continua a falar com os pais. Miguel também se junta e ouve a conversa, comentando: “Vão casar-se, a sério? Muitos parabéns! Haja mais jovens assim! Que dizem não a viver em pecado. Acho que fazem muito bem em firmar contrato com o Senhor”. Enquanto isso, Luísa volta a abraçar o namorado, que não consegue desfazer o mal-entendido e se sente obrigado a casar-se.
Horas depois, em casa, Mia tenta falar com Tó Calhau, mas este não atende o telemóvel. Abre a porta a Miguel, que logo diz estar cheio de pressa. “Estou atrasado para a missa. Fiquei a brindar com os noivos e demorei mais no serviço… é a prova de que não se deve misturar trabalho com conhaque”, afirma ele, enquanto lhe entrega as cartas. Quando vai a sair, a filha de Paulo pergunta-lhe quem vai subir ao altar. “O Afonso. Tinha acabado de pedir a Luísa em casamento quando cheguei lá para entregar correio”, informa, saindo. Mia fica em choque e cai no sofá.
No dia seguinte, depois de falar com Afonso num arraial e de lhe pedir para não se casar com Luísa, a advogada regressa a casa, arrasada. Mónica tenta consolá-la. “Se calhar é altura de o esqueceres de vez”, sugere. “Não acredito que o perdi para sempre… Apesar de tudo, das discussões, da Luísa… sempre achei que um dia íamos voltar a ter a nossa oportunidade”, desabafa a jovem. A mãe insiste: “Eu sei que é difícil… A vida às vezes traz-nos surpresas que nos deixam no chão, mas tu és forte. Ouve, amanhã são as eleições e tudo pode mudar… Se ganhares vai ser um novo ciclo na tua vida. Vá, levanta a cabeça. És uma mulher cheia de garra. Podes vir a ser a primeira presidente da junta de Rio Meandro”, afirma. Emocionada, a advogada conclui: “Hoje sou só uma mulher que perdeu o homem que ama. Deixas-me ficar triste?” E a mãe abraça-a.