Não vão ser fáceis os próximos tempos na Fraga Pequena. Durante as buscas por Leonor, Rosalinda vai cair ao rio e acaba por ser internada de urgência, em risco de vida. Tudo isto vai mexer muito com a vida de Domingos. Quando a mulher começa a apresentar melhorias, os médicos decidem acordá-la do coma mas, nesse momento, e sem que se estivesse à espera, ela não recupera os sentidos e continua em estado considerado muito grave. Ivone fala com a família e o tio fica completamente perturbado, culpando de imediato Tomás pelo que está a acontecer. Desesperado, decide ir confrontá-lo.
O socorrista está a estacionar o jipe do hotel em frente à sua casa. Domingos aproxima-se em passo apressado e dá-lhe um encontrão, fazendo com que o marido de Mariana caia ao chão. Ao aperceber-se de que se trata do merceeiro, o irmão de Gustavo pergunta-lhe o que é que vai fazer. Nesse instante, o marido de Rosalinda pega numa pedra pesada e responde: “Vou rebentar contigo, é o que eu vou fazer! Tu desgraçaste-me a vida e eu vou desgraçar a tua”, atira. Tomás tenta levantar-se, mas o rival impede-o. “Não faça isso, Domingos”, suplica. “Cala-te, filho da mãe! Tiraste-me a filha, a mulher, deixaste-me sem nada”, continua Domingos, com o filho de Aida a negar ter-lhe tirado algo. “Cala-te! Seu merdas! És um merdas! Um mentiroso, um cabrão! Cala-te!”, insiste, acabando por lançar a pedra na direção da cabeça de Tomás.
Ainda assim, não acerta, tendo falhado de propósito pois não conseguiu cometer aquele crime. O pai de Leonor recompõe-se do susto, ainda sentado no chão. Domingos também está caído e tenta recuperar a calma e lucidez. “Agradeça à Rosalinda por ainda estar inteiro. A sua sorte é que ela não me perdoaria se eu o matasse. Nem a Leonor merece que o faça”, explica. “Pensei mesmo que me fosse dar com a pedra na cabeça”, afirma o rapaz, enquanto o rival o olha, sentindo-se derrotado. “Desculpe. Eu sei que tenho de me conter, sei que não posso perder a cabeça. Eu sei… Já fiz merda que chegue. Mas ver a minha mulher numa cama de hospital… pensar que vou perdê-la. Deixei de pensar”, lamenta. “A Rosalinda vai recuperar. Tem de recuperar. Não era justo…”, continua Tomás, tentando confortar o homem que criou a sua filha. “O pior é que a culpa é minha. Eu a querer proteger quem mais amo e a fazer asneira atrás de asneira. Fui sempre eu que arranjei problemas, que estraguei o que tínhamos… A Rosalinda é que está a pagar, mas a culpa é minha, só minha… a miúda fugiu por minha causa, a Rosalinda caiu por causa disso”, continua ele. Nesse instante, o rapaz mostra compaixão e sugere: “Vamos esquecer as culpas. Vamos esquecer o passado e pensar no bem-estar e no futuro da Leonor”. Domingos levanta-se então e finaliza: “Tome bem conta da minha menina, por favor. Não a faça sofrer que ela já sofreu demais. E desculpe lá o susto que lhe preguei”. Tomás fica a observá-lo com pena dele.