Se 2020 foi um ano tumultuoso, 2021 parecia estar a correr melhor, mas os últimos dias ficam marcados por mais dificuldades no caminho de Cristina Ferreira. E uma delas prende-se com “Cristina ComVida”. Anunciado como o programa de sonho da apresentadora, que esteve sete anos na gaveta e com a sua chegada à direção do canal de Queluz de Baixo viu a luz do dia, chega ao fim no início de janeiro, nove meses após a estreia.
O anúncio foi feito na manhã de quarta-feira, 15 de dezembro, à equipa do formato. “A direção da produtora Coral Europa reuniu-se com os elementos e anunciou que o programa chega ao fim no início de janeiro. Neste momento, grande parte das pessoas foram dispensadas e não se sabe que projetos haverá para eles no futuro”, conta à TvMais uma fonte ligada à produção. A decisão apanhou todos de surpresa. “Apesar de o programa não vingar a nível de audiências, era da Cristina e tinha uma espécie de carta branca para tudo. Para além de que existia um contrato de dois anos com a produtora, portanto todos acreditavam que, pelo menos, iria durar esse período. Afinal, não chegará a fazer o primeiro ano de vida”, acrescenta.
Segue-se agora uma negociação com a produtora, bem como com os patrocinadores, que serão ressarcidos perante este desfecho antecipado. A verdade é que, quando a notícia estoirou, Cristina Ferreira manteve-se em silêncio, ela que partiu de férias com amigos para as Maldivas a 14 de dezembro, mas, ao contrário do que aconteceu em outras viagens, nada partilhou com os seus fãs na rede social Instagram. “Cristina ComVida” deverá despedir-se dos ecrãs da TVI a 6 de janeiro e a estrela da TVI vai assumir a apresentação de “Big Brother Famosos”, mas, ao que conseguimos apurar, não deverá estar sozinha.
Com estreia marcada já para o início de janeiro, a produção do reality show teve muita dificuldade em arranjar figuras públicas que aceitem entrar na “casa mais vigiada do País”. Nem o facto de Cristina Ferreira estar envolvida diretamente no programa tem ajudado a compor o grupo de concorrentes.
Com cachês que vão dos 500 aos 1500 euros por semana, foram mais os que negaram do que aqueles que aceitaram o convite feito por Lurdes Guerreiro, membro da direção de Entretenimento e Ficção da TVI e antiga responsável pela Endemol Portugal, produtora do “BB”. Andreia Dinis, Melão, Gisela Serrano, Micaela ou Sérgio Rossi foram alguns que deram nega e falaram sobre o assunto, mas não só. Há agências de atores, cantores e diversas figuras públicas que não estão interessadas em ver nenhuns dos seus profissionais ligados ao programa, o que obrigou Cristina Ferreira a aumentar a parada, mesmo em tempo de contenção, como soube a TvMais.
Para ter algumas figuras de proa, a oferta subiu para 2500 euros, valores que há muito não se viam neste género de programa. E nem assim está a ser fácil fechar contratos. “Os valores são baixos, mesmo que haja casos em que a TVI tenha feito ofertas mais generosas. Qualquer ator com carreira, que está a trabalhar, ganha mais do isso, por exemplo. Mas, acima de tudo, o que a experiência nos diz de outros programas com famosos é que ninguém sai de lá a ganhar. Muitas vezes, a imagem é beliscada e o que ganham não compensa a sobre-exposição”, revela uma fonte ligada ao meio. “Por mais que mencionem que pagam bem acima do ordenado mínimo nacional por uma semana, não vale a pena o esforço. É preferível terem outro planeamento de carreira”, acrescenta ainda. Com o tempo a passar, a diretora de Entretenimento começa a ter um problema grave nas mãos, mas a própria já fez questão de revelar que tem o grupo completo.