Um profundo tormento. É o que Vera vai passar nas mãos de Lara. Após ser raptada pela vilã, a modelo é levada para outro cativeiro. Lá, encontra-se também com Paulinho, que desde o primeiro minuto foi cúmplice da psicóloga.
Cada vez mais fora de si, a vilã diz à vítima que não terá problemas em matá-la se ela tentar fugir, contando-lhe que lhe mentiu sobre Henrique não ser seu pai. Vera olha-a chocada. Em seguida, o brasileiro regressa e diz à aliada que continuam sem dinheiro para fugir por ter percebido a tempo que Mercedes e Afonso lhe tinham armado uma cilada para os apanharem. Nesse instante, a irmã de Maria Rita esboça um ar esperançoso a perceber que a mãe não desistiu dela e ganha uma nova força para desaparecer. Paulinho acalma Lara a dizer que vai arranjar uma solução para arranjarem dinheiro para fugirem. E é então que, a sós, Vera consegue deixar a pensão. Ao aperceber-se de que a vítima escapou, a psicóloga grita. Cá fora, a modelo vê um polícia e respira fundo, ganhando coragem para se entregar.
Horas depois, a rapariga entra em casa e logo a mãe a conforta. “Sei que a mãe não me abandonou”, começa por dizer Vera, mostrando-se grata a Mercedes. “Aproveitei uma distração da Lara e do Paulinho. Eles tinham-me levado para uma pensão, em Lisboa…”, explica, negando que já os tenham apanhado: “Eu dei logo o alerta, mas eles conseguiram escapar-se antes que a polícia chegasse ao local”, completa. Emocionado, Henrique vai ter com a filha e abraça-a: “Pensei que não voltava a ver a minha filha. Porque, digam o que disserem, tu és minha filha, Vera. A Lara fez isto para te manipular. Ela jogou com a tua insegurança para te virar contra mim”, explica, acrescentando: “Também tive culpa, porque não te dei a atenção que devia. Mas tu és minha filha, como qualquer dos teus irmãos”.
Emocionada, Vera confidencia: “Eu agora sei isso… A Lara admitiu que inventou essa história para me ter do seu lado. Ela admitiu isso com grande satisfação, mostrou-se exatamente como é e eu… Como é que eu não percebi? Como é que eu acreditei assim, de olhos fechados…”, solta, em lágrimas. Mercedes tenta abraçá-la, mas ela rejeita. “Eu quis ser enganada! Precisava de uma justificação para o ódio que tinha por si. Porque não conseguia olhar para mim própria e admitir que sou mesquinha e invejosa e que desde que a Maria Rita veio aqui para casa, eu fiquei ainda pior”, afirma. A pastora logo atira: “Mas eu agora é que tenho a culpa de ela ser má? Já agora, também fui eu que a fiz calar-se, quando soube que a Lara andava a envenenar o meu pai!”. Abatida, a vilã pede: “Não discutam por minha causa. Quando a Laura me mostrou provas de que o pai estava a ser envenenado, eu podia ter feito alguma coisa. Não fiz e estou disposta a sofrer as consequências. Eu tornei-me cúmplice da Lara e pus a vida do pai em risco”. E acaba por pedir perdão ao pai. Este não diz sequer uma palavra. “Sei que as minhas desculpas não servem de nada e que o pai deve odiar-me”. O empresário garante não a odiar. “Devia. Mas a única coisa que eu posso fazer, nesta altura, é assumir a responsabilidade”, continua Vera. Nesse instante tocam à campainha. “É o Inspetor Mota. Foi ele que me trouxe aqui e ficou lá fora à espera”. Aldina vai abrir a porta e a mãe de Maria anuncia: “Eu já me entreguei à Polícia. Tinha de ser. Era a única maneira de apanharem a Lara”. Mercedes e Henrique temem pela filha, tal como Júlia, mas ela tranquiliza-os: “Eu vou ficar bem, avó. Mãe, pai, manos… Não fiquem preocupados comigo. Eu vou ficar bem, mas tenho de fazer isto”. Em seguida, é presa pelo inspetor e levada para a esquadra.