A sexta edição do ‘The Voice Kids’ chega à Globo já este sábado, dia 12 de junho, e desta vez com um novo apresentador: Márcio Garcia. Quando recebeu o convite demorou “30 segundos a dar a resposta”, que foi um sim redondo. Pai de quatro filhos, Márcio Garcia assegura que a paternidade está a ajudar muito na experiência de conduzir aquele que é programa um programa repleto de emoção. “A criança cantando é lindo, muita alegria, mas quando você vê os pais, irmãos, todos chorando, acaba embarcando junto. Está sendo uma experiência incrível”, destaca o apresentador.
O ‘The Voice Kids’ tem direção artística de Creso Eduardo Macedo e apresentação de Márcio Garcia, com Talita Rebouças nos bastidores. O reality musical será exibido aos sábados, às 14h30, na Globo.
Como recebeu o convite para apresentar o ‘The Voice Kids’, na Globo?
O Boninho me ligou perguntando se eu teria vontade de apresentar o programa. Eu até brinquei com ele, falei: “Deixa eu pensar e te volto”. Ele perguntou se ia demorar muito. Eu falei: “Só um minutinho. Já pensei. Estou dentro”. Demorei 30 segundos para dar a resposta (risos).
Do ‘Gente Inocente’, que era um programa com pegada infantil, para cá, que aprendizagens é que teve e que acha que vai poder usar no ‘The Voice Kids’?
De lá para cá, já pintaram mais três filhos (risos). Até então eu tinha só o Pedro, o mais velho. Aprendi muito durante o ‘Gente Inocente’ e também na vida, criando quatro filhos. Eu hoje tenho filhos de 7, 12, 15 e 17 anos, de todas as idades. É muito aprendizado, inclusive o de escutar. Eu sou de uma geração em que os pais não ouviam muito os filhos. Hoje, por razões óbvias, a gente escuta cada vez mais. É uma obrigação de todos os pais escutarem as crianças. Ter aprendido isso me ajudou muito e com certeza será utilizado no programa.
O ‘The Voice Kids’ é muito emotivo. Como é que está a ser lidar com essa emoção?
Já começamos a gravar as “Audições às cegas” e eu tive que me concentrar. Cheguei a lacrimejar, mas me segurei para não chorar muito. A emoção vem, sim. Não tem como, é muito emocionante. O que mais me emociona é olhar para a família. Apesar de, por causa da pandemia, não termos o contato direto, eu vejo os familiares por uma TV, vejo a reação dos pais e vem forte a emoção. A criança cantando é lindo, muita alegria, mas quando você vê os pais, irmãos, todos chorando, acaba embarcando junto. Está sendo uma experiência incrível.
A paternidade vai ajudar na experiência de apresentar o ‘The Voice Kids’?
A paternidade já está ajudando muito. Eu vivo muito esse conflito de agradar a todos, que têm idades muito distintas. Os meninos têm cinco anos de diferença entre si, menos a Nina, a única menina, que nasceu no dia do meu aniversário – meu maior presente – e tem idade mais próxima do mais velho. A experiência do dia a dia com eles e o gerenciamento de crise que a gente tem que ter por conta dessa diversidade de idade me ajudam muito, com certeza.
Acha que a pandemia atrapalha por não poder dar um abraço em quem é eliminado?
Ah, com certeza. A vontade de dar um abraço é muito grande. A gente se policia. É ruim não ter esse contato, não só com as crianças, mas também com os técnicos; não está sendo fácil. A gente já está habituado e está se contendo bem. Mas, não é mole, não. Na eliminação então… Dá vontade de abraçar, beijar e levar para casa, e o máximo que a gente pode dar é um soquinho (gesto comum na pandemia), e olhe lá.
Quem foi o seu maior incentivador na carreira artística?
Meus pais sempre foram incentivadores da minha carreira artística, sempre me apoiaram. Obviamente com aquele resguardo e preocupação inerentes a qualquer pai. Mas, quando viram que começou a dar certo, começaram a me motivar. Sempre paralelamente ao estudo; nunca parei de estudar. Para os pais é sempre muito preocupante essa questão com os estudos por causa de predileção artística, mas eu tive apoio dos meus pais e irmãos e foi muito bacana ter podido contar com esse apoio. Isso faz toda a diferença.
Acha que tem ou já teve algo em comum com os candidatos do ‘The Voice Kids’?
O que eu já tive e ainda tenho em comum é a vontade de estar nos palcos. Eu nunca tive vontade de cantar, apesar de já ter tido uma banda. Disso pouca gente sabe: já cantei, há muitos anos. Eu tocava guitarra e cantava. Mas depois me apaixonei pelo que eu faço hoje quando fui para a MTV, depois fiz uma novela e o ‘Ponto a ponto’, antes do ‘Gente Inocente’. Ali eu vi que era aquilo: estar com o microfone na mão, podendo brincar, criar, falar coisas que não estavam no roteiro, pegando situações inusitadas. Aquilo me encantou muito. Foi no ‘Ponto a ponto’ que eu percebi isso, que ali era a minha praia. O ‘Video Show’ também foi um bom termômetro que me fez ter essa vontade de investir na carreira de apresentador.