Rafaela nasceu na Madeira, que é a sua terra do coração, mas ainda em criança veio viver para o continente. O motivo? A vida profissional dos progenitores. O pai é guarda prisional e a mãe administrativa. “Já morámos em Cascais, Vale de Judeus, Rio Maior, Cartaxo… Nunca tivemos bem uma terra fixa por causa do trabalho do meu pai. Quando ele esteve a trabalhar no Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus havia a intenção de ir viver para o Cartaxo, que é a terra da minha avó paterna”, conta a irmã de Rafaela, Inês, à TvMais. Hoje em dia, a família já está no Cartaxo e a concorrente de “Hell’s Kitchen” ainda vivia com os familiares, apesar de o seu futuro agora passar pela Invicta.
Muito ligada à família, Rafaela sempre teve uma proximidade muito forte com a irmã, que vive em Braga. E as duas sempre praticaram desporto. “Quando éramos muito novinhas, fizemos natação em Rio Maior e depois começámos no karaté. Ela devia ter uns 7, 8 anos e ganhou muitos campeonatos e medalhas. No início desta jornada, a minha irmã também fazia em simultâneo equitação na Cruz do Campo, mas durou pouco tempo, pois decidiu ir para o futebol em Rio Maior, tinha cerca de 9 aninhos. Mas nunca largou o karaté”, revela Inês, assegurando que foi mesmo esta última modalidade que lhes deu “muita disciplina e autocontrolo, para além do benefício da autodefesa”. O futebol, todavia, sempre foi o grande amor de Rafaela, que acabou por largar o karaté por volta dos 17, 18 anos. “Meses depois, ela começou na liga de futebol feminino em A-dos-Francos. Ela adorava, era muito focada naquilo, gosta muito de ser líder e tem espírito de equipa”, acrescenta. Importante ao longo de toda esta jornada foi o espírito de sacrifício dos progenitores. “Os meus pais sempre foram um grande apoio nesse assunto, pois eles próprios fizeram ‘piscinas’ para conseguirem conciliar trabalho com os nossos diversos desportos. E eu sei que a minha irmã está muito grata por isso”, recorda Inês.
A cozinha acabou por surgir na altura em que a concorrente do programa da SIC começou a jogar na liga de futebol feminino. “Faltava-lhe uma disciplina para acabar o 12o e ela andava ali a patinar, não era bem o que queria. Nessa altura, o meu pai já estava a trabalhar nas Caldas da Rainha e ela começou a ver uns cursos de cozinha. Falou com os meus pais, eles viram que era o que ela queria e apoiaram-na”, conta a irmã. E o curso acabou por dar frutos. Hoje, Rafaela soma sucessos neste mundo, onde ainda está a dar os primeiros passos. “Ela ganhou mesmo o gosto pela cozinha e pelas pessoas com quem tem aprendido. Já estagiou em vários restaurantes e tem aprendido muito”, prossegue.
Se dentro das quatro linhas o maior ídolo da madeirense é Cristiano Ronaldo, entre tachos esse lugar é de Ljubomir Stanisic. E foi muito por culpa do chef que decidiu inscrever-se no programa da SIC. “A Rafaela adora o Ljubomir. É uma admiração que já vem de há muitos anos, ainda antes de ‘Pesadelo na Cozinha’. E como queria imenso conhecê-lo, trabalhar com ele, quando soube que ‘Hell’s Kitchen’ lhe poderia dar essa oportunidade, inscreveu-se. Mas sempre achou que não ia ser selecionada”, recorda Inês, que ainda se lembra bem do momento em que a irmã soube que havia sido selecionada. “Tive sempre a certeza de que ela iria entrar, mas ela não. Só quando aconteceu é que percebeu que estava no programa. Nós cá em casa adorámos, ficamos orgulhosos. E não ficámos surpreendidos, porque sabemos que tem muitas capacidades.” E o mundo da televisão não é assim tão estranho para Rafaela. É que a jovem já concorreu a dois programas. “Ela sempre gostou muito de televisão. Participou em ‘The Money Drop – Entre a Ganhar’, da Teresa Guilherme, e em ‘Apanha se Puderes’, de Cristina Ferreira. É uma rapariga muito aventureira”, revela a irmã. Para além disso, é também uma sonhadora e Inês acredita que Rafaela não vai desistir enquanto não concretizar os seus objetivos. “O sonho dela é abrir um restaurante com um conceito de cozinha tradicional mas com um toque de exclusividade. Sempre quis ter um contacto mais próximo com o cliente, ser quem leva o prato à mesa”, refere, não escondendo que a experiência em “Hell’s Kitchen” deixou marcas. “Ela continua a mesma pessoa, mas está ainda mais focada no objetivo de vingar na cozinha. Está mais confiante do valor que tem”, orgulha-se.