É sobre um prado verde, enquanto pastoreia as suas cabras, que Catarina Manique recebe a equipa da TvMais. Um ano após a participação em “Quem Quer Namorar com o Agricultor(a)?”, da SIC, mantém as suas rotinas e diz não trocar a vida no campo por nada. Está mais leve, com um sorriso rasgado e mais feliz do que nunca… mesmo que viva o amor de uma forma como nunca antes viveu.

Um ano depois de “Quem Quer Namorar com o Agricultor?”, como está a sua vida?

Estou bem, cá mantenho a minha vida, ando de volta dos meus animais. Hoje sinto-me bem, estou em paz.

Mas este ano não foi fácil…

Não foi, não. Foi bastante atribulado, mas ao mesmo tempo bom. Aprendi muito e estar no programa fez-me bem. Chorei muito, mas era de tanta coisa que tinha guardada que acabei por descarregar tudo, mesmo não querendo. Sinto-me melhor, mais leve. Aprendi que tinha de me dar mais valor e já não me sinto tão culpada por não poder ter filhos. Consegui entender, perdoar-me. Sentia-me culpada, não me conseguia perdoar… A minha vida estava bloqueada, então comecei a procurar e, sinceramente, consegui descobrir coisas que me ajudaram bastante a limpar mais a minha mente e o meu coração.

Que género de coisas?

Comecei a procurar mais a minha espiritualidade. Conforme fui estudando, fui aprendendo que tinha de me perdoar. No momento em que passei a fazê-lo, a minha vida começou a mudar. Fiquei mais leve, tenho outro ânimo, ando mais bem-disposta. No programa, dizia muito que gostava de encontrar a minha paz interior… E comecei a encontrá-la. O programa fez-me bem. Se calhar, tinha mesmo de entrar para me encontrar, na altura sentia-me tão perdida, tão desmotivada por tudo. Não estava bem, fui para aliviar a minha cabeça, viver uma experiência diferente, de mente aberta. Se encontrasse alguém, encontrava, não foi mesmo aquela coisa de “tenho de arranjar namorado”, não. O que tivesse de ser, seria. Foi mais pelo meu bem-estar, para me encontrar e consegui. Isso já valeu a pena!

Como foi o pós-programa?

As pessoas foram muito simpáticas. Há sempre uma ou outra que não, mas desculpa-se e bota-se para trás. Muita gente veio cá visitar-me à quinta e ainda hoje vêm. Ainda recebo mensagens – nem sempre consigo responder a todas, porque são muitas –, mas várias pessoas dizem-me que é só a pandemia acalmar para cá virem. Até pessoas do Brasil me enviam mensagens e querem vir ao Fundão visitar-me.

Chegou a estar mais em baixo…

Sim, cheguei, mas depois lá consegui superar. Foi naquela fase em que estivemos parados e depois voltámos a gravar. Quando acabaram as gravações, tentei retomar a minha vida o melhor possível. Na altura, desliguei-me das redes sociais, desliguei tudo. E foi o melhor que fiz. Mantive-me sempre a ser a Catarina que era. Às vezes as pessoas brincam e dizem “Agora és famosa, não sei o quê”. Não, eu participei no programa, está feito! Continuo a ser a mesma Catarina que sempre fui. Não é por ter participado num programa de televisão ou por ter mais seguidores agora que faz de mim mais do que os outros e uma pessoa diferente. Quem me conhece de verdade sabe que sou assim e sempre fui. A verdade é que, ao princípio, muita gente que nos conhecia “cortou bem na casaca”… Depois, quando foram ver o desenrolar do programa, começaram a mudar de opinião. Tinham a ideia que aquilo na televisão seria uma loucura autêntica e pensavam que eu iria estar para ali espojada, mas quando viram que a realidade não era essa mudaram a maneira de pensar. Mas houve muita gente falsa a aproximar-se. Por isso é que me mantive sempre bastante resguardada.

Ainda assim, ficaram coisas boas do programa, como as amizades que criou com os seus pretendentes?

É verdade. Criou-se uma amizade muito boa. Somos capazes de não falar todos os dias, mas se eu tiver um problema, eles estão lá para me ajudar e apoiar. Quando o meu padrasto foi operado, perguntavam-me muitas vezes como estavam as coisas, se era preciso algo, e isso toca-nos. São amizades que vão ficar para a vida. É o que eu digo: amigos verdadeiros não são aqueles que nos andam sempre a bajular mas, sim, os que estão lá quando precisamos. E fico muito contente por eles e que estejam bem. Sempre lhes disse que queria que estivessem bem e fossem felizes. Isso é o principal para mim.

E a Catarina também encontrou o amor, com o António Hipólito. Como está a vossa relação?

Está tudo bem. Estou feliz e é, como continuo a dizer, um dia de cada vez. Programamos mais ou menos a semana, como vai ser, mas o essencial é estar bem e viver um dia de cada vez. Durante o programa foi isso que vivi. Esta frase aprendi no IPO [Instituto Português de Oncologia]. Houve uma fase em que vivia tudo ao máximo, fazia muitos planos, mas depois perguntava-me “para quê?”. É aproveitar ao máximo o dia de hoje, que amanhã não sabemos se cá estamos.

Mas custa não estar com ele todos os dias?

Há alturas em que ele está cá, agora tem estado mais no Alentejo, por causa do trabalho. Atualmente só faz tosquias, porque animais dele não tem… Como costuma dizer, não tem nada que o prenda lá em baixo. Mas foi o que ele quis, foi a opção dele. E só tive de aceitar. Claro que custa, mas também nos faz bem. E ajuda a arejar as ideias (risos).

Ele tem sido uma pessoa importante para vocês na quinta?

Sim. Tem ajudado quando mais precisamos. Temos de nos ajudar uns aos outros e nos dias que correm tem mesmo de ser.

Está, acima de tudo, feliz?

Estou, sim. É aproveitar. E já entreguei mesmo a minha vida nas mãos de Deus. Aquilo que tiver de ser, será. Não faço planos, ninguém sabe o dia de amanhã, agora estamos juntos, vamos desfrutar. O dia de amanhã logo se vê…

Como tem sido agora a sua vida?

De verão é mais fácil, mas no inverno tentamos poupar-nos um bocadinho, acordar mais tarde… Chegamos a um ponto em que a nossa saúde não aguenta. Se não acabarmos tudo hoje, acabamos no dia a seguir. Vamos fazendo.

Esteve também a estudar?

Sim, tenho tirado algumas formações. Tento fazer sempre online e até me dá mais jeito, porque faço tudo à noite. Tirei o curso de numerologia cabalística e analítica e adorei. Nem sequer sabia bem o que era quando comecei e, num mês, um mês e pouco, tirei o curso. Todas as noites fazia, estivesse cansada ou não. E tenho tido procura, as pessoas ficam contentes com o meu trabalho. Também fiz outras formações e agora estou a tirar a de terapêutica holística. Vou e vejo, se aquilo puxar mesmo por mim e sentir cá dentro que devo fazer, faço. Todos nós temos um propósito e chego à conclusão de que, se calhar, o meu é ajudar os outros. Desde o programa [“Quem Quer Namorar com o Agricultor?”] que tenho recebido muitos pedidos de ajuda. Muita gente que se identificou com a minha história e mesmo a nível amoroso. Não sofri mais do que os outros, tive o meu percurso e todos nós temos de aprender. Há muita gente que me pede conselhos.

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