Agora que está dedicada à sua nova vida, Paloma quer ser uma nova mulher e, após confrontar Cajó com todas as traições, decide avançar com o divórcio.
Ainda em choque por ter sido apanhado, o amante de Ângela bebe uma bebida, desesperado. Tenta telefonar à amante, mas esta tem o telemóvel desligado. É quando a ainda mulher entra e anuncia: “Vou deixar-te em paz, mas é de vez. Amanhã mesmo assinamos o divórcio e sabes que mais, não ficas com nada! Nada, vou deixar-te teso, a pedir esmola debaixo da ponte!”. Com dificuldades em respirar, por causa dos comprimidos que tomou, encosta-se à mesa e leva a mão ao peito. Está com o coração demasiado acelerado, mas ao ouvir o vilão a provoca-la consegue reunir energia para o confrontar. “Começa por me devolver o relógio que tens no pulso. Não disseste que o dinheiro não compra felicidade? Então vou tirar-te tudo aquilo que o meu dinheiro te comprou”, dispara. Cajó grita que o dinheiro não era só dela, mas a cantora está irredutível: “Oh, querido, o que ganhavas nem chegava para pagar a conta da luz. Os teus brinquedos, as guitarras de coleção, os carros… Foi tudo pago à minha custa, do meu talento. Se pensavas que viravas costas e ficavas com isso, estás muito enganado. Eu vou tirar-te tudo”, promete. “Pensei que quisesses evitar uma guerra nos tribunais, mas tu é que sabes”. “Tenho todo o gosto em ir para tribunal. Até porque tenho muita curiosidade em saber como é que vais pagar a um advogado decente. A não ser que a tua amiga Ângela se ofereça para pagar, mas tenho dúvidas. Não és assim tão bom na cama”, insiste a amiga de Linda.
As provocações da mulher deixam o bandido ainda mais irritado e queixa-se de que ela está a passar dos limites. Mas ela não tem medo: “Só te estou a dizer a verdade. Sempre foste medíocre em tudo. Um músico da treta, que nem para segunda escolha serve. E mesmo quando eras escolhido para alguma coisa, era por minha causa ou por causa do teu amigo Romeu. És uma lapa, que vive à custa dos outros. Quando morreres, ninguém se vai lembrar de ti”, frisa. É então que Cajó perde a cabeça e dá um estalo à mulher, que cai para trás e bate com a cabeça num móvel. Um fio de espuma sai da boca dela. Está morta. O vilão fica em choque e grita por ela.
Anselmo ajuda Cajó
Ao ouvir os gritos, Anselmo entra no escritório e apercebe-se de imediato do que aconteceu. “Ela está morta”, anuncia. O amigo de Romeu começa a chorar e defende-se: “Ela provocou -me, eu não queria nada disto, o que é que eu fui fazer?”. O vilão faz-lhe então uma proposta: “Se quiseres, não fizeste nada… Não tens de ser tu a fazer isto. Pode ter sido outra pessoa. Para além de mim, mais alguém sabe que aqui estás?”, pergunta. Cajó nega e pergunta o que pode fazer. “Primeiro, vais largar a Paloma, que deves estar a enchê-la de cabelos e essas merdas todas que a bófia apanha. Depois, vamos arranjar forma de incriminar outra pessoa pelo que fizeste… como a cabra da Linda”, sugere o pai de Romeu, deixando o verdadeiro autor do crime desesperado e a dizer que o plano não vai resultar: “Preferes confiar em mim e safar a pele, ou resolver ires dentro? Deve haver companheiros de cela que te chamam um figo”.
Os dois traçam então um plano: “Tu eliminas qualquer vestígio da tua presença aqui. Se a Ângela amanhã perguntar, dizes que não chegaste a vir, entendido?”, explica Anselmo, agarrando no telemóvel da vítima e enviando uma mensagem para Linda.