Desengane-se se pensa que, mesmo depois de desfigurado, o vilão vai dar paz ao casalinho. Nem o estado em que se encontra vai fazer com que Rui baixe a guarda e num ato de loucura, para tentar vingar-se de Nazaré e Duarte decide invadir a quinta, colocando em risco a sua própria liberdade.
Tudo acontece durante a noite. Um vulto entra da rua com uma lanterna, vestido de preto e com luvas para que ninguém perceba que ele é. Por esta altura, a dona da Geliré está no quarto a colocar creme nas pernas, de camisa de noite vestida. Duarte está a seu lado. Quando ela se prepara para ir à casa de banho, ouve um barulho. Questionam-se sobre o que terá sido. “É melhor irmos ver o que se passa”, afirma o filho de Natália. A mulher sai atrás dele. Passam pela cozinha e não encontram nada, mas Duarte continua paranoico a assegurar que ouviu um barulho. “Deve ter sido vento lá de fora”, dispara a filha de Matilde. Vão até à sala e, enquanto Nazaré sobe as escadas, o marido vai ver as janelas. Quando a rapariga está a subir as escadas, passa um vulto de trás da balaustrada e ela assusta-se. “Está aí. Apanha-o!”, grita Duarte. A mulher avança, mas Rui empurra-a e atira-a das escadas, numa tentativa de a eliminar e para conseguir fugir. O dono da Atlântida apressa-se a ir auxiliar a companheira, que está caída nos últimos degraus das escadas, em mau estado. “Duarte”, suspira ela, aflita. Ele pede-lhe que não se mexa, mas a rapariga geme com dores. “Podes ter qualquer coisa partida… O importante é que não te mexas. Eu vou ligar para o 112”, tranquiliza-a ele. Preocupado chama pelo sogro, que vem acudi-los e não percebe o que se terá passado. Enquanto isto, Duarte telefona para a emergência, mas tardam em atender. Nazaré explica a Joaquim que a empurraram e ele não percebe. “Alguém entrou cá em casa, empurraram-na das escadas…”, diz o marido. Nazaré pede que vão ver de Alice. Entretanto, atendem da emergência. “Até que enfim. Preciso de uma ambulância. Agora”, suplica.
Nazaré dá sinais de alerta
Entretanto, enquanto aguardam, Alice vem ver a tutora e dá-lhe a mão para a tranquilizar. Joaquim está à porta, irritado porque a ambulância nunca mais chega. “Eles disseram que iam ser rápidos, nós é que estamos nervosos”, solta Duarte, enquanto a criança pede a Nazaré que fique bem. “Não te preocupes, piolha. Eu sou rija”, solta a empresária. “Claro que é. Só temos de ter cuidado para ela não se mexer, até os médicos chegarem. Pode ter alguma coisa partida”, acrescenta o marido. “Tenho de certeza. As sardinhas”, diz a filha de Matilde deixando toda a gente confusa. “Tens fome, queres que te vá buscar alguma coisa?”, pergunta Alice. “Tens de ter cuidado com o gelo”, responde a rapariga. Os presentes percebem que algo não está bem com o discurso dela. “Filha, o pai está aqui. Consegues dizer o teu nome?”, indaga Joaquim. “Vai vender água aos xalavares…”, responde Nazaré. De repente, ouve-se o barulho da sirene da ambulância.
Entretanto chegam Bernardo e Olívia, que ficam surpreendidos com o aparato. “A casa foi assaltada e a Nazaré foi agredida”, diz Duarte. “Ela está bem?”, pergunta a neta de João. “Não. Fechem bem as portas, as janelas e liguem para a polícia, eles precisam de revistar a casa, ver se encontram impressões digitais…”, pede o rapaz. “Nós vamos descobrir quem fez isto. Não te preocupes”, dispara Bernardo, pronto para desvendar mais um caso. Duarte sai para o hospital com a Nazaré e o primo pede à mulher que não mexa em nada para que ele trate de tudo. “Não vamos encontrar quem fez isto em dois minutos… é o tempo médio que uma pessoa consegue ficar sem respirar”.
A fuga de Rui
Enquanto na Quinta todos desesperam por novidades, o vilão consegue escapar, depois de o seu plano ter dado errado. E esconde-se no mercado. Com o rosto coberto por ligaduras, entra a cambalear e encosta-se à parede enquanto tenta recuperar o fôlego e o equilíbrio. Em seguida, olha à volta e pega num cartão velho que está por ali, deitando-se do lado de fora das grades num canto. Mais uma vez, conseguiu escapar.