A grande vilã de “Terra Brava” já provou ser capaz das maiores atrocidades para conseguir aquilo que quer. E, agora que já toda a vila sabe que é, na realidade, mãe de Martim, quer fazer de tudo para conquistar o amor do filho. No entanto, tal como já lhe revelámos, o menino não a quer ver e vai mudar-se para casa de Tiago, que não deixa a ex-sogra chegar perto dele. Mas Eduarda não vai dar a batalha por perdida e decidida a ir para tribunal lutar pela guarda do menino, joga uma cartada final para se ver livre do médico.
Assim, marca um encontro com ele na taberna e, para o fazer acreditar que está mudada, diz-lhe que vai aguardar o tempo que for necessário para poder estar com Martim. “Não quero convencer-te de nada, quero provar-te que desejo o melhor para o Martim. A minha sugestão é que me deixes vê-lo, com a tua supervisão. Estipulas o sítio, o tempo que dura a visita, estou nas tuas mãos”, propõe-lhe. O vilão tenta manter a calma e garante-lhe que o que ela quer não vai acontecer. “O Martim está seguro, protegido longe de si e é assim que as coisas vão continuar. Por mim, nunca mais o vê”, reage. A presidente da Câmara finge-se à beira das lágrimas, mas controla-se e olha a cerveja do médico, pedindo a Tiago que lhe vá buscar uma igual. Quando ele se levanta, Eduarda abre a mala e coloca veneno no copo dele, sem que ninguém se aperceba. “Por favor, Tiago…. Quero que acredites que estou disposta a mudar pelo Martim e que não quero mais conflitos com ninguém”, solta ela, já com o ex-genro presente. Ele continua irredutível e bebe mais um pouco da sua cerveja. “Perceba uma coisa, o Martim não é seu filho e nunca vai ser. Ele nem sequer a quer ver à frente”, clarifica o ex-marido de Beatriz. A empresária controla-se e sai da mesa, deixando a taberna.
Horas mais tarde, já no hospital, Tiago mal consegue caminhar. Está todo suado e vê tudo desfocado. “Ajuda… Preciso de ajuda…”, grita. Surge Rita, que lhe pergunta o que se passa, mas ele não consegue responder. Apreensiva, leva-o para uma maca. “Calma, já vou chamar alguém. Sente dores no peito, braços, há quanto tempo é que está assim?”, pergunta. A perder os sentidos, ele responde: “Preciso de uma lavagem ao estômago… Acho que fui envenenado”. Em seguida, perde os sentidos. O médico é internado.
Em casa, Beatriz e Tomás tentam tranquilizar Martim, que está triste com o que aconteceu ao pai. “Lembras-te de quando tiveste uma intoxicação alimentar há uns anos?”, solta a professora, acrescentando: “O que aconteceu ao pai foi parecido, mas um bocadinho mais sério. E como o pai não estava a sentir-se bem, ficou em observação”. “Ninguém fica no hospital se não for grave. Vocês estão a mentir!”, solta o menino, irritado. De repente, tocam à porta. É Eduarda. “Soube do Tiago… O Martim deve estar aflito”, diz, avistando o filho ao lado de Beatriz. “Martim, não chores, querido! Vais ver que não é nada!”, tranquiliza-o. Tenta aproximar-se do filho, mas ele reage mal: “Como é que sabes? Não és médica!”, grita. Em seguida, propõe que o menino volte para casa enquanto Tiago ficar internado, mas ele recusa-se: “Não quero ir para a herdade. Mas podíamos ir para a casa do Diogo. Não quero ficar aqui sem o pai”, afirma. “Está bem, ficamos lá até o pai ter alta do hospital. Vai buscar a tua mochila, eu depois venho cá buscar algumas roupas”, anui Beatriz. Eduarda não esconde a raiva e frustração e acaba por se ir embora.
Ao saber do que se passou, Diogo vai ao hospital e pede ajuda a Rita para obter informações. Ela estranha tanta preocupação e ele disfarça: “Ele ontem ligou à Beatriz a dizer que não se estava a sentir bem e nós desvalorizámos quando pelos vistos era verdade. Podia mesmo ter morrido”. “Como se tu te importasses…”, provoca a enfermeira. “Claro que me importo, o Tiago é… O Tiago é pai do Martim. Pode ser um idiota, mas não lhe desejo a morte. Mas diz lá, ele está bem? Qual é o ponto da situação?”, insiste o militar. “O Tiago teve muita sorte. Podia ter morrido, mas como percebeu que tinha sido envenenado, veio logo para o hospital e pediu uma lavagem ao estômago”, explica Rita. Apreensivo, Diogo quer saber mais. “Ele está fora de perigo, fizemos-lhe uma lavagem ao estômago… Demos medicação e está estabilizado”, confidencia ela, tentando aproximar-se do ex-namorado. Ele trava-a a tempo e sai, desconfortável, sob o olhar confiante dela.