Depois de muitos tormentos, o palacete vive, agora, momentos de pura alegria, começa assim o filme de Natal de “Golpe de Sorte”. A família está, finalmente, completa e Maria do Céu vibra por, pela primeira vez, poder reunir todos à mesa, para dividir a ceia que preparou, horas antes, afincadamente e com todo o carinho. Caio e Sílvia continuam em clima de romance e o netinho, Júnior, que, em anos anteriores optou por viver a quadra com a família da mãe, desta vez até está presente! Mas depressa os Garcia percebem que a diversão programada para a Consoada pode ser ameaçada a qualquer instante… É que Júnior é uma criança difícil, entra em conflito constante com os primos – Bruninho e Carolina – e está empenhado em estragar a magia do Natal, que não tem qualquer significado para ele…
Miúdo incorrigível?
Para Júnior, todo o investimento na época é inútil e uma perda de tempo. Com um genio-
zinho que desafia os mais pacientes, o menino estraga todos os preparativos com partidas maliciosas e ainda atira as culpas para os primos. Caio vai fechando os olhos às travessuras do filho, culpabilizando-se por ter estado preso e, por isso, ter sido um pai ausente… O namorado de Sílvia está mais preocupado em conquistar o filho do que em educá-lo. Maria do Céu reaviva na memória os tempos em que os três filhos andavam às avessas e vê os conflitos do passado transferirem-se para a nova geração…
Carta emotiva
Entretanto, Bruno encontra-se em Nova Iorque, a investir na sua formação em cozinha. O dono do Boémio telefona à mãe, preocupado, porque há um forte nevão na cidade e há cancelamento de voos, pelo que não sabe se chegará a tempo de passar o Natal com eles… Sabendo que aquilo que mais teme pode acontecer, Bruno redige uma carta no hotel e endereça-a ao sobrinho, Júnior, fazendo referência às tradições da quadra de toda a família. As linhas, escritas de forma emotiva, marcam o enquadramento da história e apelarão ao lado sentimental característico da época.
Bruno será, então, o narrador da história e, até aos takes finais, paira no ar a grande incerteza: afinal, o marido de Jéssica conseguirá ou não chegar a tempo de dar o tão desejado abraço à família?
O presépio vivo
Ainda sem aceitar que perdeu, para Tino, a oportunidade de ser presidente de Alvorinha, Horácio encontra uma forma de se autopromover e organiza a mais bela festa de Natal de sempre da vila. Assim, promete ao povo que irá fazer a maior árvore de Natal da Europa. Atento, Tino mostra estar à altura das excentricidades do adversário e propõe a criação de um presépio vivo.