A relação entre a fotógrafa e o marido, o médico Carlos, continua a passar por altos e baixos, estes últimos sempre cada vez mais graves. Carlos está doente e vinga-se na mulher, agredindo-a.
Depois de deixar o rival inconsciente, o marido de Teresa deixa do país. Em contrapartida, a relação com Cláudio, que sempre foi apaixonado por Teresa, é cada vez mais forte. Além de assumirem o amor que sentem, ele pede-a em casamento. Teresa mostra o anel ao irmão. “Parabéns, mana! Se há alguém neste mundo que mereça ser feliz, és tu”, diz Aníbal.
“O Carlos perdeu-te, Teresa, não soube respeitar o vosso amor. Agora, tens de esquecer tudo por que passaste e seguir em frente.” Contudo, ela teme a aparente indiferença do marido. “Tenho de conseguir que ele me dê o divórcio, mas não vai ser nada fácil, com ele do outro lado do Atlântico. Ainda nem sequer se dignou a responder ao e-mail do advogado.” E, na verdade, no final da novela, quando Teresa entra em casa, assusta-se ao ver Carlos.
O médico levanta-se e abre um sorriso terno e verdadeiro. Tem saudades dela, é a mulher da sua vida. “O que é que estás aqui a fazer?”, pergunta ela, furiosa. Ele tenta acalmá-la. “Esta casa ainda é minha, mas, espera… Não era isto que eu queria dizer. Eu venho em paz. Só quero falar contigo…” O momento, para a fotógrafa, é tenso e ela pede-lhe que se afaste. O médico, por seu turno, insiste. “Este tempo que estive fora fez-me perceber o quanto errei… Amo-te. Estou preparado para começar de novo e mostrar-te que mereço uma nova oportunidade.” E explica-lhe que o seu pai era violento e que também sofreu muito com as tareias que ele lhe dava. No entanto, a resposta de Teresa não é a que ele esperava. “Lamento imenso, Carlos, mas o teu passado não justifica tudo o que me fizeste… E o que fizeste ao Cláudio.” Carlos garante que está a tratar-se e a enfrentar os seus fantasmas.
A fúria
Ela ignora e pede-lhe para assinar os papéis do divórcio. “A nossa história acabou. Estou a viver com o Cláudio. Nós estamos juntos. Ele tem sido a minha força e é com ele que quero ficar.” Nesse momento, Carlos transfigura-se, deixando que a raiva tome conta dele. “Primeiro, enlouqueceu-me; depois, tomou o meu lugar, sempre sorrateiro, sempre fingido, dissimulado… Mas tu também estavas farta de mim, não estavas?”, pergunta, louco. Carlos ainda tenta beijar a mulher, mas ela diz que tem nojo dele. Percebendo que perdeu irremediavelmente a mulher da sua vida, Carlos é tomado por um ataque de fúria. Pega no castiçal que está em cima da mesa e, sem pensar, desfere um golpe sobre a fotógrafa, atingindo-a na cabeça.
No meio da loucura, Carlos acredita que a matou. A chorar, acaricia o rosto da mulher que julga morta. “Não consigo viver sem ti, Teresa. Sem ti, não sou nada. Desculpa, meu amor. Eu tentei ser melhor, por ti, mas fracassei..”, diz, enquanto dá um beijo na boca de Teresa. “Perdoa-me…” Perdido, com o rosto coberto de lágrimas, Carlos tira um revólver do bolso. De joelhos ao pé da mulher que sempre amou, aproxima o revólver da têmpora, olha uma última vez para ela e dispara o revólver. O seu corpo cai ao lado do corpo da fotógrafa. Quando Teresa acorda, vê, em choque, Carlos morto ao seu lado.
Não perca em ‘Golpe de Sorte’: Carlos suicida-se
Ao perceber que perdeu para sempre a mulher que ama, o médico tem um ataque de fúria
e agride-a. Acreditando que a matou, acaba com a própria vida.