Uma corrida de 10 minutos, alguns exercícios no tapete e Cláudia Vieira salta para o trapézio como uma verdadeira artista circense. Nem parece que passou o dia a gravar “Alma e Coração”, novela em que dá vida a Diana. “O trapézio é de longe o meu aparelho favorito, o que não deixa de ser estranho porque a maioria prefere os panos acrobáticos porque são mais cinematográficos, fotogénicos e glamourosos”, diz a atriz à TeleNovelas, depois de feitas várias acrobacias. Sob a orientação de Gerald Oliveira, acrobata aéreo e professor de artes circenses, Cláudia prossegue o treino trocando o trapézio pelos panos acrobáticos. “No início, sentia uma grande frustração porque pensava que não conseguiria fazer nada neste aparelho”, conta a protagonista da trama da SIC. “Faço treinos específicos duas ou três vezes por semana com a duração de uma ou duas horas. Exige muita força e agilidade, mas agarrei a personagem com unhas e dentes”, esclarece.
Fomos a uma aula de acrobacias aéreas, na Academia de Novo Circo PerFolie Arte, para perceber as principais dificuldades e conhecer os benefícios da modalidade. Foi uma hora e meia que passou, literalmente, a voar. Aí, conversámos com a professora e acrobata aérea Dina Costa. A sua turma, que inclui pessoas dos 15 aos 50 anos, com diferentes níveis de experiência, diverte-se ao arriscar novas acrobacias, ao mesmo tempo que trabalha o corpo e a mente. A conclusão é que a arte de circo pode tornar-se um hobby muito saudável e um exercício que substitui o ginásio.
Quem pode fazer?
Segundo a professora, a modalidade é para todos a partir dos 6 anos! “Mesmo que tenham problemas de saúde, estudamos cada caso e trabalhamos conforme as limitações de cada pessoa.” Não é preciso ter experiência para começar as aulas, mas a evolução de cada aluno depende do grau de força e preparação física prévia. “Para fazer coisas bonitas, leva geralmente um ano.”
Que partes do corpo são mais trabalhadas?
Toda a zona abdominal, as costas, os ombros, e, sobretudo, os braços. “Principalmente nas mulheres, começa a sentir-se uma certa definição nas omoplatas”, explica Dina, que completa: “O que menos se trabalha realmente são as pernas, mas há muitos movimentos para isso. Levantamos o peso do nosso corpo e nunca vamos mais além”.
O que é mais difícil?
As alunas foram unânimes: ter força para subir aos tecidos é a maior dificuldade, no início. Porém, a professora ressalta que depende da preparação física prévia de cada pessoa, e destaca que “o medo das alturas pode ser muito limitador, principalmente nas acrobacias aéreas”. Aqui está outro benefício da prática, quase terapêutico: vencer medos e superar-se, seja no desporto, seja na vida!