A emitir 24 sobre 24 horas, a SIC Internacional chega atualmente a mais de 10 milhões de telespetadores espalhados por 14 países. Criada em 1997, a estação emite diariamente uma série de programas de informação, desporto e entretenimento (entre outros) criados a pensar especificamente nos emigrantes portugueses espalhados pelos cinco continentes. José Figueiras, uma das caras mais emblemáticas do canal, mantém-se à frente do “Alô Portugal”, exibido de segunda a sexta-feira pelas 19h15 (hora de Lisboa), há já uma década.
Um desafio que lhe foi proposto depois de terminado o programa “Às Duas por Três” e que recorda com carinho. “Fizeram-me um convite para apresentar ‘uma coisa para o mundo’ e eu sugeri o ‘Alô Portugal’, o nome inclusivamente foi uma ideia minha o que me deixa muito orgulhoso”, explica, lembrando o trabalho que tem desenvolvido junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. “Quando olho para trás, fico muito feliz por este meu percurso que me tem permitido estar mais perto daqueles que estão longe do nosso país”, garante. Sempre com vontade de “marcar pela diferença”, José Figueiras tem visto o seu programa “adaptar-se aos tempos”. “Inicialmente a ideia – e que ainda acontece – era que o telespectador entrasse em direto, o que levava a que estivéssemos muito perto do público”, realça, explicando que “atualmente, o programa evoluiu e agora as pessoas mandam vídeos através das redes sociais para mostrarem que nos veem diariamente”. E, ainda que seja presença assídua “na casa” do público além-fronteiras, na rua são muitos os fãs que questionam se ainda está ligado ao mundo televisivo. “Por cá, as pessoas abordam-me para saber o que ando a fazer pois a SIC Internacional não se vê em Portugal”, conta garantindo estar “completo” com aquilo que tem em mãos: “É ótimo saber que fazemos companhia a alguém e não podia estar mais feliz por tudo o que tenho tido oportunidade de fazer nestes dez anos de emissão”.
A propósito do 20º aniversário da SIC Internacional, o apresentador esteve, no terraço do Hotel Mundial, em Lisboa, ao lado de Conceição Lino numa emissão especial que contou com inúmeras caras conhecidas. A animação essa ficou a cargo de alguns nomes da música portuguesa, como João Pedro Pais, e de alguns artistas radicados no estrangeiro, como a luso belga Wendy Nazaré ou a fadista luso-americana Nathalie Pires.
Na pele de “um português pelo mundo” – ainda que com os pés em território nacional – José Figueiras sente-se “a fazer o verdadeiro serviço público”. “Recentemente, disseram-me que era o verdadeiro elo de ligação com as comunidades, e isso é ótimo de se ouvir”, relembra, explicando que “este tipo de programas chega a todas as gerações”. A relação da estrela da SIC com estas pessoas tornou-se de tal forma próxima que o apresentador tem plena consciência daquilo que quer fazer quando deixar a televisão. “Sou uma pessoa que não gosta nada de se acomodar e daqui a 20 anos espero poder usar todo este conhecimento e ligação que tenho às comunidades para fazer qualquer coisa junto deles”, quiçá “dar apoio a um Consulado”, diz. Em relação à SIC Internacional, Figueiras espera que volvidas mais duas décadas “o canal esteja ao nível do generalista”.