Pronto, não nasceu para chefe. Preferia estra na praia de olhos fechados a ouvir o som do mar e a pensar no que é que teria sido noutra vida.
Mas um chefe Peixes tem duas possibilidades: ou está numa profissão que ele encara como uma missão (director de ONGs, centros de saúde, bancos alimentares, uniões de protecção de animaizinhos ou sem-abrigo ou mães abandonadas ou mulheres maltratadas), ou então está à secretária com um ar infeliz e meio aéreo, a pensar que devia estar num trabalho que encarasse como uma missão e não está. De resto, não nasceu para mandar, pois não, mas sabe escolher as pessoas capazes de o fazerem, e é bom a rodear-se de pessoas práticas, competentes e lógicas, tudo qualidades que ele não tem. De qualquer maneira, quase toda a gente gosta dele, porque é simpático e genuinamente preocupado com os outros.
Trabalha muito mal com pessoas arrogantes, embora goste de pessoas decididas. Aplaude e encoraja o talento, quando o encontra, e se alguém o merecer é capaz de se tornar o seu maior fã. É de amores e ódios à primeira vista, o que pode ser complicado. Quanto a ele, prefere estar de auscultadores postos a ouvir a sua música preferida.