Foi adiada a leitura do acórdão do processo em que Rosa Grilo e António Joaquim são arguidos. Os dois estão acusados do homicídio do triatleta Luís Grilo, marido da arguida, que foi assassinado em julho de 2018. O adiamento da leitura deve-se à apresentação de uma “alteração substancial dos factos”, que foi decretada pelo tribunal, depois de proferida a decisão do júri, que é composto por três juízes e quatro cidadãos.
Ainda não foi anunciada nova data para a leitura e a defesa tem agora 15 dias para se pronunciar, pelo que uma nova leitura só deverá acontecer depois deste período.
À entrada do Tribunal de Loures, a advogada de Rosa Grilo, Tânia Reis, afirmou que esta se encontrava “tranquila”, apesar de ter “noção de tudo o que pode acontecer”.
Recorde-se que nas alegações finais, a 26 de novembro de 2019, o procurador do MP, Raul Farias, pediu para ambos os arguidos penas de prisão superiores a 20 anos. Já as defesas de Rosa Grilo e António Joaquim pediram a absolvição dos seus constituintes, alegando falhas na investigação feita pela Polícia Judiciária.
O crime terá sido cometido para que ambos pudessem assumir a sua relação amorosa extraconjugal e ainda usufruíssem dos bens da vítima, num total de meio milhão de euros, entre montantes depositados em contas bancárias, a habitação em que Luís e Rosa residiam e indemnizações de alguns seguros.
Na acusação, O MP aponta António Joaquim, que se encontra em liberdade, de ser o autor do disparo que vitimou Luís Grilo, uma ação feita na presença de Rosa Grilo, que continua em prisão preventiva. O crime terá ocorrido enquanto o triatleta dormia no quarto de hóspedes, em casa do casal, em Cachoeiras, Vila Franca de Xira.