Muitos casamentos acabam quando se chega à conclusão de que falta alguma coisa no outro. Às vezes, é apenas uma vaga sensação de vazio. Mas, em geral, a queixa é pontual: “Ele é mal-humorado” ou “ela não gosta de ir ao cinema”. Assim, os casais encontram “sérios” motivos para se separar. Que contradição! O ser humano passa a vida à procura de um companheiro para dividir anseios e, quando o encontra, não se contenta. Insiste em procurar no outro a perfeição que ninguém tem. Sei que existem sérias razões para que algumas uniões se desfaçam, mas, antes de um rompimento, vale a pena pôr na balança o que, de facto, nos incomoda. Será que existem mesmo razões reais para o fim da união ou tudo não passa de capricho? Querer que o outro seja igual a si é ilusão. Quando o parceiro não age segundo as nossas expectativas, julgamos que ele age dessa maneira para nos magoar, quando essa é apenas a sua maneira de ser. Ninguém é perfeito! E é isso que faz da vida uma deliciosa surpresa.
Aceite o outro como ele é!
Algumas uniões podiam ser salvas se os parceiros percebessem que ninguém é perfeito