“Podia ter um AVC ou enfarte”, disse Cláudio Ramos sobre o problema de coração. O apresentador das manhãs da TVI revelou à revista TvMais os detalhes do que enorme susto pelo qual passou no início deste mês, que o levou ao hospital e a realizar uma nova cardioversão elétrica. Veja parte dessa entrevista.
“Fiz várias cardioversões”
Que riscos corria?
Poderia desencadear num acidente vascular cerebral (AVC) ou num enfarte do miocárdio, pelo facto do meu coração, do lado esquerdo, funcionar com dificuldade, porque a aurícula esquerda estava dilatada. Na altura, fizeram-se uns processos que resultaram, mas o problema voltou. Mais devagarinho, mas voltou. Foi preciso fazer um tratamento químico que não resultou, por isso se partiu para a intervenção cardíaca, que se chama cardioversão. Fiz várias cardioversões, até que o meu cardiologista disse-me: ‘O ideal era partimos para uma ablação’. Fiz há uns seis anos no Hospital de Santa Cruz [em Carnaxide]. É uma cirurgia invasiva que se faz com um cateter que queima uns estímulos do coração, uma parte elétrica do músculo. Sempre me disseram que havia a probabilidade de a arritmia voltar. Mas, desde então, nunca mais tinha sofrido nenhum episódio. Até agora…
Foi por isso que realizou uma nova cardioversão elétrica, que fez recentemente no Hospital da Luz. Como correu?
Fui anestesiado. É introduzida pela boca uma sonda que vai perceber se atrás do coração existem coágulos de sangue. Porque eu não estava a ser anticoagulado, que é uma coisa que, quem tem arritmias, deve ser sempre. O problema da arritmia e do descompasso muito acelerado é a formação de coágulos no sangue que pode provocar o AVC. E quando as pessoas não são vigiadas pode acontecer. Como não estava anticoagulado tivemos de esperar algum tempo depois da anestesia e meter-se a sonda para perceber se à volta do coração não haveria perigo de se formarem coágulos. Depois colocam-se umas espátulas no peito (tudo ainda com o paciente a dormir) que dão choques elétricos que – na prática e em linguagem comum – o que fazem é parar o coração para que ele volte a bater ao seu ritmo normal. A cardioversão é um procedimento mais ligeiro do que a ablação.
Como correu a recuperação?
Correu bem. Assim que acordei da anestesia olhei para a máquina e percebi logo que o ritmo do coração estava muito mais baixo. A recuperação é muito tranquila.
“Podia ter um AVC ou enfarte”. Cláudio Ramos sobre o problema de coração

“Podia ter um AVC ou enfarte”. Cláudio Ramos sobre o problema de coração
“Podia ter um AVC ou enfarte”. Cláudio Ramos sobre o problema de coração
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