Na última terça-feora, 28 de junho, Vera Kolodzig usou o Instagram para fazer uma partilha íntima. A atriz publicou duas fotografias a chorar e fez uma reflexão sobre um dia em que estava triste.
Vera então explica a origem das duas fotografias partilhadas: “Naquele dia abracei a minha tristeza, olhei-me ao espelho e fotografei-me nela para poder observar-me de fora. E agora decidi partilhar. Está tudo bem!! Não preciso que me enviem mensagens a perguntar se estou bem, como dizia a frozen “já passouuuu, já passouuuu” A tristeza faz parte. Sou feliz e estive triste – em português temos esta diferença maravilhosa entre o “ser” e o “estar”. A felicidade é o céu azul, que está sempre lá, mesmo nos dias de tempestade! Ou de lua nova neste caso. A felicidade “é”.”
“Pensei muito antes de fazer este post e agora é o momento. Nas cenas dramáticas de novela parece que se julga os actores pelas lágrimas que conseguem fazer escorrer pela face, quando na verdade acho que a maior parte das pessoas chora escondida e quando choramos em público fazemos tudo para esconder as lágrimas. Pensei muito antes de publicar esta fotografia. Gosto de pensar na intenção com que faço as minhas partilhas e publicações. Ás vezes é para partilhar um trabalho, outras porque achei algo engraçado ou porque estou mesmo feliz, outras vezes por algo que aprendi e com o qual acredito que posso ajudar. No outro dia cheguei a casa triste e chorei sobre o vazio. As redes sociais têm algo de muito positivo no que toca a inspirar, partilhar informação, partilhar beleza, no entanto por vezes também há algo de muito perverso na alimentação do ego. E ás vezes podemos até estar a provocar nos outros frustrações e tristezas por não estarem a viver os momentos incríveis, os amores únicos, as experiências, e as aprendizagens que partilhamos.”
“Tento ser congruente nas partilhas: se não estou bem ou não acredito no que mostro, não partilho. E no outro dia pensei… e porque não partilhar também a vulnerabilidade que é tão bela, a beleza de uma emoção pura mesmo que não seja agradável? (Gosto de pensar nas emoções como “agradáveis” e “desagradáveis” e não como “positivas” e “negativas”) Se a minha “Kológica” é viver em verdade, então não tenho porque esconder o que sinto. Não preciso de revelar as razões, os pensamentos que às vezes me atormentam (embora até partilhe grande parte deles no meu podcast), posso só mostrar que a vida é mesmo assim e mesmo nós, que por causa do nosso trabalho estamos mais expostos publicamente, temos altos e baixos e dias menos bons, e aquilo a que eu chamo “dores de crescimento”!”