Olhos pintados por um delineado “exagerado” e um estilo pin-up, características inconfundíveis da eterna Amy Winehouse, que morreu em casa, há exatos 10 anos. Amy deixou seu legado, com uma carreira marcada por escândalos, abusos de drogas e álcool, mas principalmente muito amor à música.
A cantora que nasceu em Londres a 14 de setembro de 1983, sempre se interessou por arte. Amy tinha diversas referências musicais, o que moldou o seu trabalho com estilos tão versáteis. Seus interesses iam de Ella Fitzgerald, a rainha do Jazz, ao Hip Hop de Salt N´Pepa. A cantora formou a sua primeira banda de Rap aos 10 anos de idade, aos 14 começou a compor músicas ao mesmo tempo em que iniciou o uso de substâncias químicas. Aos 15, Amy já começou a chamar a atenção pelo seu talento e apresentava-se em clubes de Jazz pela cidade, quando começou também a sofrer de bulimia.
Aos 20 anos lançou o seu primeiro álbum de estúdio: “Frank”. “Deverias ser mais forte do que eu, estás aqui sete anos a mais do que eu. Não sabes que és tu quem deveria ser o homem?” dizia Amy, na música “Stronger than me”. O segundo e último álbum de estúdio veio 3 anos depois, em 2006. A cantora lançou “Back to Black”, que ficou marcado por músicas que descreviam os seus problemas com drogas, a sua relação intensa com o namorado Blake Fielder-Civil e a sua depressão.
Começou a entrar e sair de reabilitações e passou a ser tão noticiada pelo seu alcoolismo quanto pela sua música. Em 2008 a sua passagem por Portugal foi marcada por um dos seus piores momentos em concertos: Mal lembrava-se das letras e passou a apresentação a cambalear. Com uma curta, mas marcante carreira, Amy foi encontrada morta em casa, no dia 23 de julho de 2011, em Camden, Londres. A causa da morte foi intoxicação por álcool.
O legado da artista permanecerá, como George Michael comentou na sua conta do Twitter: “Amy foi, em minha opinião, a vocalista mais soul que este país já viu. E seu álbum Back to Black foi o melhor álbum que eu tinha ouvido desde os anos setenta”. A cantora Lady Gaga também publicou uma nota sobre a cantora: “Amy mudou a música pop para sempre, lembro-me de saber que havia esperança e de não me sentir sozinha por causa dela. Ela viveu o jazz, ela viveu o blues”.
Amy viveu intensamente, uma passagem relâmpago que marcou o mundo da música e seus fãs para sempre.