Trocou a SIC pela TVI durante a pandemia por falta de oportunidades e vontade de trabalhar. Marco Horácio arregaçou as mangas com “A Vida Lá Fora” e desde o dia 9 de agosto é o novo “dono” das noites de domingo. Ao todo, são nove emissões de “Boom!”, disputadas por 72 concorrentes e marcadas por algumas histórias de bastidores, sendo que as melhores foram… as declarações de amor que recebeu!
Tira-lhe o sono a herança de Cláudio Ramos, que conquistava mais de um milhão de espectadores com “Big Brother”?
Não ando a dormir bem, mas como os meus fatos são parecidos com os do Cláudio Ramos, a minha esperança é que as pessoas não se apercebam da diferença. É muito bom receber uma herança pesada, pois é sinal de que a TVI confia em mim. O “Boom!” tem tudo para ser um sucesso, só que isso está nas mãos do público…
O que é que “Boom!” tem para conquistar os espectadores?
Todos os ingredientes para ser um belo serão de domingo. É espetacular, divertido, com muita tensão e ansiedade. Tal como “Big Brother”, tem expulsões e os concorrentes podem ganhar um prémio de 30 mil euros. As famílias vão gostar de se sentar no sofá em frente à TV para ver o “Boom!”.
Está preparado para a competição da SIC?
Estou à espera que a concorrência “ponha a carne toda no assador”, pois é o costume quando há uma estreia da TVI. As audiências interessam-me, mas a minha entrega e dedicação ao trabalho é sempre a mesma. Por isso, será o que tiver de ser, mas posso dizer que tenho muita sorte em apresentar o “Boom!”.
É um concurso explosivo na “guerra” de audiências entre a TVI e a SIC?
Sim. Mas estamos sempre nessa “guerra”, não é de agora, pois sinto isso desde que estou nesta profissão. Agora parece que as coisas estão mais aguerridas…
Esta é a sua prova de fogo na TVI?
Já trabalhei com o Nuno Santos [diretor-geral] na RTP1 e na SIC. Estou-lhe grato por me ter convidado, porque confia em mim, no meu trabalho e nas minhas capacidades criativas. Na TVI sou um soldado. Quero trabalhar e ajudar a estação a chegar ao lugar onde sempre esteve e merece estar. Isso foi o que motivou nesta reestruturação que o Nuno está a fazer e sinto que a TVI está com uma energia de grupo.
Como foi chegar e começar logo a trabalhar com “A Vida Lá Fora”?
Foi ótimo! Tive a sorte de todas as pessoas que convidei terem aceitado. Foi o primeiro passo para trazer a comédia para a TVI e a estação pretende ter mais formatos deste género e conseguir uma proximidade com o seu público.
O convite da TVI surgiu durante a pandemia. Foi o momento certo?
Claro que sim. Como toda a gente, fiquei sem espetáculos. Depois de ter passado por um momento menos bom, recebi esta prenda, que é um mimo, e sinto-me bem a trabalhar na TVI, numa fase muito criativa da minha carreira. Só posso estar feliz!
Já não se sentia assim na SIC e foi por isso decidiu “mudar de camisola”?
Sempre fui muito ligado à SIC e quem me conhece sabe que sou uma pessoa de palavra. O que me levou a mudar foi o projeto e não o dinheiro. A TVI confia em mim, na minha capacidade de trabalho e nos meus projetos. Não sentia isso na SIC há algum tempo. Pelo contrário, sentia que não havia espaço para mim. O Nuno Santos e a TVI deram-me o espaço para mostrar as minhas capacidades e versatilidade, podendo ainda crescer.
Com a mudança da Cristina Ferreira para a TVI, sente que está na estação certa?
Sim. A Cristina é sinónimo de sucesso e vem ajudar a TVI a voltar ao seu lugar. Ela está cheia de ideias, de projetos e de vontade de se impor, também. É muito criativa e tem uma grande capacidade de trabalho.
Foi difícil gravar o “Boom!” com as medidas de segurança devido à Covid-19?
Muito… Gosto de tocar, apertar e abraçar as pessoas. Fiz vários testes, assim como os 72 concorrentes. O programa foi gravado em Espanha, com todas as medidas de segurança, mantendo o distanciamento entre mim e os concorrentes mas também entre eles próprios. Correu tudo bem e voltei de coração cheio.
Trouxe muitas histórias de bastidores?
A única que posso contar é que o público feminino ficou apaixonado pelo apresentador. Recebi declarações de amor, até de senhoras casadas que tiravam a aliança. Acho que é por causa dos meus cabelos brancos…
Ninguém lhe ofereceu um cão (de peluche, por causa da sua fobia)?
Não. Deram-me duas canecas a dizer “Boom!”, uma para mim e outra para o meu filho [Guilherme, de 14 anos]. Fiz muitas amizades com a equipa espanhola e posso dizer que ganhei 72 novos amigos.
Dá muitas ajudas aos concorrentes?
Não posso ajudá-los sempre e sofro bastante quando não conseguem levar dinheiro para casa. Trato-os como estrelas porque é isso que eles são. Há sempre muita tensão no ar para ver se a bomba explode ou não. Tive o prazer de explodir duas bombas, porque sou pior que os miúdos.
Por falar em miúdos, faz algumas brincadeiras com o seu filho no Instagram. É caso para dizer que… filho de peixe sabe nadar?
O Guilherme já me disse que não quer ser artista, graças a Deus. Será o quiser, desde que seja feliz.