João Baião foi um dos convidados de Cristina Ferreira, na manhã desta segunda-feira, 2 de dezembro, e falou, pela primeira vez, sobre a morte da mãe, Maria Luísa. E foi à conversa com Cristina Ferreira e Cláudio Ramos que o apresentador revelou como foi o último mês de vida da mãe, que sofreu de uma doença que a deixou “fragilizada”, como o próprio referiu.
“A nossa relação sempre foi muito próxima, mas diferente, são outras gerações. Nunca falei sobre os nossos problemas, os meus medos, porque não havia essa abertura, era aquela coisa mais superficial. Então neste último mês da minha mãe eu ia todos os dias visitá-la, e enquanto estava consciente eu dizia: ‘Mãe, tenho muito orgulho em si, amo-a muito, é uma mulher extraordinária’. E ela me disse: ‘Dizes isso agora’. E isso foi uma coisa… Não que ela estivesse a me culpabilizar, mas foi uma coisa que me marcou porque eu devia ter dito mais. Mas não houve essa abertura.”
João Baião explicou que Maria Luísa teve de ser internada numa instituição e, nos últimos dias, estava no hospital. Sem especificar a doença da qual a mãe sofria, o apresentador deixa a entender que a mãe viveu um período de demência. “A coisa que mais me impressiona é o vazio do olhar. Ela era uma mulher tão enérgica! (…) O último mês ficou praticamente só a dormir e respirava com uma bomba de oxigênio. Sempre que eu ia ver para mim era sempre uma despedida. Dizia-lhe sempre que a amava e que tinha orgulho na mulher que ela foi. Ela foi uma mulher de fibra!”
O apresentador também recordou um momento em que pôde estar com a mãe, num dia em que Maria Luísa foi internada inconsciente: “No fim já não conhecia… Teve quase um mês que eu estava de férias e tive que regressar uma semana antes. E quando cheguei ao hospital, ela recupera, vem e ainda fala comigo.”
Cristina perguntou o que era o mais difícil de acostumar, agora que já não tem a mãe. “Eu ligava todos os dias à minha mãe, às 8 horas. E na sexta-feira foi um dia que eu e os meus irmãos fomos buscar as coisas à casa. E é uma sensação de vazio total. Porque quando tu tens filhos acabas por dedicar a tua vida a encaminhá-los. E quando tu não tens ficas sem os teus alicerces, ficas sem o passado. E o futuro começas a ver-te só.”
Cristina Ferreira e Cláudio Ramos fizeram questão de destacar que João Baião tem muitos amigos e pessoas que o apoiam, e terminaram a entrevista com um abraço.