Foi há 11 anos que o mentor de “The Voice Portugal” descobriu a mulher da sua vida e, cerca de dois anos depois, já era pai. Anselmo Ralph, de 35, passa longos períodos longe daqueles que mais ama, nomeadamente em Portugal em concertos ou a gravar o concurso de cantores da RTP1, mas nunca deixa de estar atento à mulher, Madlice Cordeiro, de 30, e aos dois filhos do casal, Alicia, de 9, e Jadson, de 4.
Quando foi papá pela primeira vez, começou a ter uma maior ligação com crianças, uma vez que, em jovem, foi vítima de bullying por parte dos colegas, depois de, aos 5, lhe ter sido diagnosticada uma miastenia grave (doença progressiva e sem cura, que causa fraqueza nos músculos voluntários, como os olhos). “Quando era criança, evitava muitas vezes estar com outras crianças porque elas têm tendência a ser mais ‘gozonas’. Mas, já em adulto e depois de ser pai, passei a adorar lidar com crianças. Um dos segredos é tratá-las como crianças sem elas darem conta disso. Para se sentirem mais valorizadas. A forma como lido com as crianças é como lido com os meus filhos em casa”, afirmou o intérprete de “A Única Mulher” à apresentadora Fátima Lopes, durante uma entrevista no programa “A Tarde é Sua”, na TVI.
Quando está em casa na companhia dos filhos, o cantor garante que torna-se uma autêntica criança. “Sou um pai brincalhão e rigoroso, porque ainda tento preservar os valores morais que outrora aprendi. A brincar com eles sou extrovertido, mas na educação sou do tempo antigo”, garantiu o artista angolano, acrescentando: “A minha mulher costuma dizer que tem três filhos, e que eu sou o mais novo (risos). Se tiver que rebolar no chão, faço. E eles seguem-me… Faço coisas que, quando eles fazem sozinhos, tento ralhar. E eles dizem: ‘Mas o papá estava a fazer no outro dia’. Mas depois digo-lhes: ‘Não faças o que eu faço’ (risos)”. E na hora de proibir, ele não tem quaisquer pudores! “A minha filha uma vez trouxe uma maquilhagem de bonecas. Disse-lhe: ‘Não! Não, vais pintar a tua cara. Quando chegar a tua altura podes pintar. Agora não’. Se deixamos uma criança ser adulto agora, quando chegar à idade adulta ela vai querer experimentar outras coisas… Agora a criança deve ser infantil, inocente. Foi desta forma que cresci. A educação é a maior riqueza que podemos deixar aos nossos filhos”.